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sábado, 29 de novembro de 2025

ERROU O CAMINHO, RETORNE!

O homem prudente possui a sabedoria suficiente para entender quando o itinerário está errado (Provérbios 14:8) e que isso pode levá-lo a uma derrocada existencial. Desta forma, se uma trajetória está te levando ao caos, pare e retorne imediatamente, modificando a rota, para que não se perca definitivamente e não tenhas mais condições de mudar um roteiro errado.

O reconhecimento daquilo que não está adequado já é um passo importante para o acerto. O tolo pode até entender que está errado, mas, na maioria das vezes, não se conserta. Já o ajuizado possui um conhecimento espiritual que fará com que ele pare de falhar definitivamente em uma área em que já cometeu muitos erros e regresse ao trajeto que Deus preparou para sua vida.
É importante assimilarmos que existe um caminho que pode até parecer correto, mas pode levar à morte (Provérbios 14:12). O perigo da precipitação e do pecado contra os mandamentos de Deus faz com que se perca o entendimento do que é equilibrado. Neste contexto, deve-se agir com sensatez, atentar para os passos dados e desviar do mal.
O temor do Senhor é uma fonte consistente e exata para que possamos nos refugiar, preservando-nos dos laços da morte,* que podem estar escondidos nas armadilhas do pecado e especialmente nos caminhos perigosos. Esta reverência a Deus será um manancial especial que nos facultará essa tão necessária proteção. A determinação em seguir o bom caminho do Senhor resultará em que possamos nos defender das trilhas escorregadias que podem nos levar ao precipício.
Voltar atrás quando algo não está correto não é sinal de fragilidade, e sim de maturidade. Para tanto, é imperativo pedir discernimento divino e modificar o que deve ser alterado. Daí, Deus endireitará as veredas;** ou seja, Ele corrigirá a trajetória existencial de alguém, alinhando a Sua vontade.  E isso evoluirá para uma mudança rápida de atitude, que resultará em um ajuste EMOCIONAL e ESPIRITUAL. Para o sábio, o caminho da verdadeira felicidade é olhar para cima, confiando no Altíssimo que o protegerá contra as “armadilhas” preparadas pelo maligno. 
Se estiverdes no caminho apropriado junto ao Senhor, continue aproveitando as bênçãos da obediência. Já para aquele que errou o caminho da bem-aventurança, PARE, refaça a trajetória e passe a ser totalmente submisso aos ditames*** divinos.


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*"Laços de morte" é uma expressão que pode ter diferentes significados, mas geralmente se refere a situações espirituais, psicológicas ou de perigo extremo. No contexto bíblico, é frequentemente usado para descrever a aflição profunda e a sensação de estar preso por circunstâncias que levam à morte, como angústia e desespero (Salmo 116:3). A expressão também pode ser interpretada como um aviso sobre armadilhas e tentações que podem impedir a pessoa de alcançar a vida espiritual. 
** "Endireitará as veredas" significa guiar os caminhos da vida para que sejam retos, justos e alinhados com a vontade de Deus. A expressão é frequentemente usada no contexto bíblico de Provérbios 3:6 e implica em não confiar apenas na própria sabedoria, mas buscar a direção, a orientação e o apoio do Senhor em todas as escolhas, atitudes e intenções
*** "Ditames" significa regras, ordens, ou conselhos que devem ser seguidos. 

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

ENCERRANDO CICLOS

Há um contexto vivencial em que o homem não se harmoniza bem, que é o de “encerrar ciclos”, seja em qual área da existência for. Mas por que isso acontece?

Justamente por colocar fim a certas coisas das quais já estamos por demais habituados e que, por vezes, não queremos romper, em face do receio de terminar aquilo que pensamos ser um benefício para a nossa vida, mesmo que não seja mais. Existem realidades que nos fazem mal, mas já estamos tão familiarizados que nos recusamos a interromper. Acostumar-se a algo, mesmo que seja danoso, cria uma “zona de conforto”, que pode ser difícil de deixar.
Há relacionamentos que não nos fazem bem e que, em face de uma inquietude do espírito ou por outros fatores, devem ser encerrados. Isso deve ser feito de uma maneira tranquila, mas esse posicionamento precisa ser tomado. Alguém pode ter uma amizade de muito tempo e, inesperadamente, descobrir um forte defeito ou discernir algo que desconhecia, e não consegue mais conviver com a pessoa. Daí, o ciclo deste relacionamento deve ser encerrado, sob pena de trazer contrariedades futuras ou maiores decepções.
Bom seria que continuássemos com os mesmos amigos da infância e juventude, mas não é assim que a engrenagem da vida se movimenta. Certa vez, entrei em um grupo de amigos de escola no WhatsApp do “antigo segundo grau”, o qual foi oficialmente substituído no Brasil por “ensino médio”. Ocorre que não passei mais de uma semana nesta comunidade, pois os comportamentos daquelas pessoas eram inteiramente diferentes dos que convivi no passado, os quais não possuía mais a mínima afinidade. O que identificava neles como postura de vida não era mais vigente,* já que pareciam outros indivíduos. Daí, entendi que meu ciclo com eles tinha se encerrado. Se encontrá-los, cumprimento-os alegremente, mas decididamente a etapa existencial referente àquela turma findou. 
É difícil entender e aceitar certas coisas. Qualquer tipo de rompimento de ciclos é custoso, mas é, por demais, imprescindível em certos casos, até para adotarmos novas deliberações ou mesmo para tornarmos a vida melhor e mais coerente com os nossos princípios.
Muitos devem concluir certas fases da existência, como possíveis mudanças na área profissional, afastar-se de ambientes desgastantes, erradicar relacionamentos nocivos ou ainda hábitos inadequados que precisam ser eliminados para que algo novo possa ocorrer. Uma etapa recente pode até trazer temor do desconhecido e causar certo incômodo; todavia, é fundamental para o crescimento pessoal.
Foque sua caminhada no hoje e não perca tempo sofrendo pelo fim de uma fase que definitivamente passou. O descontentamento fará parte deste momento de transição. Mas é essencial tratar isso adequadamente, pois o que passou, passou. Bola para frente e supere aquilo que findou, não se afetando com tal contexto e colocando no coração duas promessas maravilhosas da parte de Deus:
  • Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro (Jeremias 29.11);
  • Pois, certamente, haverá futuro e a sua esperança não será frustrada. (Provérbios 23.18).

Ao se fechar uma porta, outra melhor se abrirá. Quando você encerra algo que não está funcionando bem, um projeto novo e abençoador poderá ser iniciado.

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Atual, presente, existente.

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

QUANDO CISMAR É BOM?

Cismar é ter certa ideia ou opinião e não abandoná-la; meter na cabeça, insistir em fazer algo; teimar. Exemplo: Maria cismou que João não merecia a menor confiança.
O verbo cismar tem origem na palavra “cisma”, que pode se referir a uma divisão ou desconfiança. No contexto bíblico e eclesiástico, cisma significa uma ruptura ou separação dentro de um corpo religioso. Em geral, cismar evidencia uma desconfiança, e, se ela for inoportuna, incoerente, confusa e destituída de uma causa lógica e aparente, não será construtiva.
Mas, quando cismar é bom?
Quando for baseada em sinais já confirmados, oportunizando uma defesa contra aquilo que já foi demonstrado sobejamente* de maneira aparente ou nas entrelinhas. É aquele contexto em que se conhece alguém, quando o mistério e as contradições se avolumam no relacionamento. Então, cismar deve fazer parte do contexto de defesa, já que ocorrências negativas são evidenciadas e, se não forem interrompidas, podem comprometer o futuro de uma pessoa. A suspeita, desde que seja fundada em algo concreto, não deve ser deixada de lado.
Aquilo que regularmente chamamos de “intuição” pode ajudar muito, especialmente se levarmos em conta o equilíbrio de pensamento, bem como a constância de um comportamento irregular de terceiros, levando a uma forte desconfiança. O inventor Thomas Edison declarou que a melhor visão é a intuição. Devemos considerar uma forte impressão sobre algo ou alguém, notadamente se tivermos outros dados que amplifiquem racionalmente, o que estamos sentindo.
Muitos foram salvos de um grande perigo por cismarem em situações “melindrosas” que nem sempre poderiam ser detectadas rapidamente. Como um exemplo marcante, tem-se aquele episódio em que uma mulher cisma em um local desabitado, relativo a um homem que vem de encontro a ela em caminho oposto, e daí acontece uma desconfiança por parte dela, quando apressa o passo e muda de calçada. Nem sempre acertamos no que pensamos, mas tal ação no momento apropriado pode ser de enorme valia e, como no caso exemplificado, pode livrar alguma pessoa de um grande perigo. Algo maléfico pode até não se concretizar, mas, se cismar, corra!
A intuição, às vezes, não depende de um raciocínio consciente ou lógico, pois geralmente baseia-se em insights,** quando aquela voz interna brada: NÃO VÁ POR AÍ, fornecendo o senso de que algo não está certo. É um sussurro sutil que nos guia, que, por vezes, não tem nenhuma explicação plausível.
É importante informar que só o CISMAR não garante o sucesso de algo, já que, como já mencionado, podemos errar, pois somos humanos. Se você cismar com uma determinada situação e se a decisão não exigir imediatismo, medite, ore e creia NAQUELE que fornece a verdadeira intuição ao coração, que é DEUS. Esta sabedoria se manifesta na forma de uma advertência interior e inequívoca, alertando através de uma paz interna e guiando-o para a melhor decisão.  
No livro bíblico de Jó no capítulo 28 e versículo 36, ocorre um questionamento singular: “Quem dá intuição (sabedoria) ao coração e instinto (entendimento) à mente?"
Deus é a resposta, pois Ele é a fonte de sabedoria. Devemos confiar no SENHOR de todo o coração e não nos apoiar no próprio entendimento; reconhecendo Deus em todos os caminhos, e Ele endireitará as nossas veredas.
Assim, se cismar com algo, não deixe de levar isso em consideração. Se tiver tempo para uma análise mais ponderada, espere por uma confirmação divina, que colocará em seu coração o que é melhor a se fazer. Contudo, se exigir uma deliberação rápida: FUJA DO QUE CISMAR, ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO.

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*Excessivamente, demasiadamente.

**Lampejos, estalos, percepções, discernimentos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

MATERIALISMO!

Ao passar por um cruzamento em uma via pública, observei um acidente de trânsito, onde um rapaz com o carro estacionado abriu inadvertidamente a porta, e outro indivíduo, que vinha pedalando sua bicicleta, bateu naquele veículo, caindo em seguida. O incidente, graças a Deus, não foi nada demais, com apenas pequenos danos materiais. Mas algo me chamou a atenção:

  • O homem do carro, todo errado na situação, ao invés de observar se o rapaz da bicicleta estava bem, olhou egoisticamente para o seu carro, se não tinha amassado, e nem se preocupou com o outro.
Por essa e por outras razões, o materialismo toma conta deste mundo, e o semelhante fica relegado a segundo plano em termos de solidariedade. Vivemos em uma sociedade altamente capitalista, onde a verdadeira espiritualidade só desperta total interesse em pessoas realmente altruístas* e com sentimentos benéficos dentro do coração.
Não sejamos alienados, já que precisamos dos recursos financeiros para viver. Todavia, colocar inteiramente a vida devotada ao patrimônio e a sentimentos individualistas fará com que o homem seja dominado pelo dinheiro e, em situações complicadas, não tenha forças para vencer as contrariedades, por não ter uma espiritualidade comprometida com Deus, quando lhe faltará a fé suficiente para combater os dias ruins.
Uma das maneiras de confrontar adequadamente o materialismo é ter um comportamento equilibrado. Quem observa o espiritual como primeira opção de vida, ao invés do material, terá mais subsídios para viver de forma mais apropriada.
Aquele que coloca o materialismo enraizado no coração, além de ser de difícil convivência, terá uma existência marcada pelo individualismo e desinteresse pelo outro e, enquanto não houver mudança interior, não será uma pessoa interessante de se ter por perto.
Pode até parecer que tudo está bem para o materialista, mas ele sucumbirá quando tiver que passar por um grande problema, justamente por não ter um suporte divino, que tanto nos auxilia nas vicissitudes existenciais.
Assim, busquemos a verdadeira espiritualidade com vontade e intrepidez, pois, além de nos tornar mais benevolentes com o próximo, contribuirá para uma qualidade de vida apropriada, tornando-nos sadios mentalmente e espiritualmente, além de nos ajudar a lidar convenientemente com os bens materiais.
 
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*Desprendidas, bondosas, caridosas, generosas.

sábado, 1 de novembro de 2025

AUTOAJUDA x FILOSOFIA

Estava numa livraria no shopping principal da cidade em que resido quando observei três jovens conversando e aparentando ter entre dezoito e vinte e três anos. Um deles mostrou um livro de autoajuda para uma colega, que de imediato rechaçou a leitura, afirmando que não gostava desse tipo de obra, pois tinha preconceito, complementando que preferia livros filosóficos.

Passei a meditar se a moça sabia o que realmente significa filosofia, não por desconhecimento dela em relação ao assunto, já que não posso julgá-la, mas, sobretudo, pela sua pouca idade. Achei mais um clichê* da parte dela em relação à frase, quando afirmou que não gostava de autoajuda e sim de filosofia. Ou seja, entendi que ela falou algo já bem repetido habitualmente, quando se deixa de lado a originalidade de pensamento.
Não que a moça ou qualquer pessoa não possa se interessar por filosofia. Nada contra! Percebo que é razoável que isso aconteça, já que tudo aquilo que traz conhecimento é importante. No entanto, no caso dela, pelo regular conhecimento de psicologia que tenho, a explicação foi automatizada, e notei que ela até se arrependeu da resposta.
Afirmar que não gosta de autoajuda ou de qualquer meio de estudo acadêmico e científico por simples preconceito não é a melhor forma de argumentação. E olhe que nem sou muito fã de autoajuda, mas respeito e até leio livros desse tema, assim como os filosóficos, embora não sejam os meus preferidos.
Esclarecendo os dois métodos (autoajuda e filosofia), informo que a autoajuda tem como objetivo prático “ajudar a si mesmo” a superar dificuldades e alcançar objetivos específicos, utilizando recursos interiores. Já a filosofia busca entender a realidade e questões fundamentais sobre a existência de uma forma mais detalhada. Assimilo que a autoajuda tende a simplificar ideias complexas, enquanto a filosofia parte para uma análise mais rigorosa e profunda.
A meu ver, os livros de autoajuda e de filosofia possuem pontos positivos, já mencionados acima, e outros negativos. No que tange aos desfavoráveis, acredito que os livros de autoajuda simplificam por demais a solução de algo, tornando-se um produto comercial em alguns casos, quando certos “gurus”** buscam agradar o público com explicações convenientes. Em relação à filosofia, alguns expoentes*** desta doutrina complicam em demasia aquilo que deve ser aprendido de maneira fácil e prazerosa.
Excetuando os livros imorais e os perniciosos, devemos ler o que nos agrada, evidentemente tomando cuidado na escolha da leitura e do seu conteúdo, afastando-nos do mal. Sendo assim, continue lendo bons livros, sejam de autoajuda, filosofia ou outros quaisquer. A Bíblia aponta em 1 Tessalonicenses 5:21, que: “Examinai tudo e retende o que é bom”; ou seja, devemos sim considerar e analisar as coisas, armazenando em nosso interior o que realmente edifica do que foi lido. Contudo, coloque a Bíblia como ponto forte de leitura, pois lá está esboçada toda a fonte do conhecimento humano.
Destaco que sou partidário da “AJUDA DO ALTO”, já que considero ser mais sábio, prudente e seguro depender de DEUS. Esta assistência divina contrasta com a autoajuda, pois enquanto uma se baseia no socorro do Senhor frente às contrariedades existenciais, a outra se baseia na capacidade particular do indivíduo de se ajudar. Até entendo essa busca de socorro próprio, mas defendo que a efetiva solução de um problema advirá da efetiva entrega ao solucionador de tudo: DEUS. Reconheço que a habilidade para enfrentar um determinado problema dependerá principalmente de um relacionamento estreito com o CRIADOR e não tão somente baseado numa aptidão eminentemente humana.
Entendo que a AJUDA DO ALTO deve vir em primeiro lugar e, por consequência, a autoajuda complementará tua caminhada em direção ao SUCESSO.
 
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*Frase frequente e explorada que se banaliza por ser muito repetida; lugar-comum, chavão.

**Indivíduos que se promovem como especialistas em ajudar os outros a alcançar o sucesso em várias áreas da vida, mas frequentemente com uma abordagem que simplifica problemas complexos, focando no sucesso pessoal sem levar em conta as realidades sociais, psicológicas, espirituais e estruturais de cada um.

***Notáveis, personagens, celebridades.