Um leão estava a descansar. Quando começa a ficar aborrecido com um mosquito que não parava de zumbir ao redor de sua cabeça, mas o mosquito não lhe ligou.
Achas que eu vou ficar com medo de ti só porque pensas que é rei? - disse ele altivo, e em seguida pousou no leão e deu uma picada no seu focinho.
Indignado, o leão deu uma patada no mosquito, mas a única coisa que conseguiu foi arranhar-se com as próprias garras. O mosquito continuou a picar o leão, que começou a urrar bastante. No fim, exausto, enfurecido e coberto de feridas por seus próprios dentes e garras, o leão desistiu.
O mosquito foi embora a zumbir e foi contar a todos que tinha vencido o leão, mas entrou numa teia de aranha. Ali o vencedor do rei dos animais encontrou seu triste fim, comido por uma aranha minúscula.
Moral da história: Muitas vezes o menor de nossos inimigos é o mais temível.*
Se perguntarmos para qualquer pessoa se ela possui inimigo, a grande maioria das respostas será um "NÃO" bem estridente. Seria ótimo se realmente fosse assim! Só que na prática, infelizmente, não é bem desta forma. Não nos enganemos, nem que seja no campo das ideias teremos adversários e às vezes bem agressivos. Como na narrativa introdutória, o inimigo não tem tamanho, e diante disso, um adversário aparentemente inofensivo, deve ser tratado com o mesmo cuidado que o maior.
Lidar com o semelhante é algo bem complexo. Certas pessoas te invejarão e não gostarão de ti, mesmo que não possuas nada para ser ambicionado. Muitas vezes o teu "brilho existencial" mexe com a suscetibilidade** alheia. Podes ser o mais discreto, benevolente e manso, e que foge de todo tipo de contenda, mas ainda assim alguém não simpatizará contigo.
Teremos LUTAS, sejam as cotidianas ou até mesmo contra inimigos gratuitos. Não temos como esconder isto. O mundo é complicado mesmo, onde as diferenças e os litígios afloram. Desde jovem, passamos por conflitos. Basta lembrarmos os primeiros momentos na escola, onde do nada apareciam crianças encrenqueiras, e quando da juventude, alguns jovens ficavam nos provocando e outros atiçando brigas.
Por mais comportados que sejamos, teremos oposição, e Deus não esconde isso na Bíblia, onde alardeia que sofreremos perseguições.
Então, o que devemos fazer? Partir para o confronto?
De forma alguma devemos revidar, e sim ROGAR a Deus que nos livre dos inimigos e que nos defenda daqueles que se levantarem contra nossa vida (Salmo 59.1). E assim, fundamentado na FÉ, confiaremos que o Senhor nos livrará das ciladas preparadas por qualquer tipo de inimigo.
Geralmente, o diabo está por detrás de uma pessoa que persegue e torna-se inimigo de outro. Ele infiltra pensamentos distorcidos e malignos em alguém contra o seu semelhante. É assim que o diabo procede, maquinando artifícios maléficos, e nem sempre discernidos a primeira vista.
Deus é a nossa fortaleza. Ao cumprirmos suas diretrizes, o Senhor nos defenderá. Se Ele não deixar, nada poderá nos atingir. Na sombra das "Asas Divinas" nos abrigaremos e seremos livres dos ataques malignos.
No que depender de ti: "Esforçai-vos para viver em paz com todas as pessoas" (Hebreus 12.14a). Fuja de contendas, já que a melhor forma de resolver um problema é evitar que ele aconteça. Todavia, se o inimigo (fisicamente ou espiritualmente) te ameaçar, confie em Deus como o maior "Refúgio", pois Ele será a tua TORRE FORTE contra qualquer artimanha maligna ou ataque humano.
Assim, confie que teu inimigo será sobrepujado por um Deus, que JAMAIS soube ou saberá o que é DERROTA, e por último: "Não permita que o diabo te faça sentir ódio de alguém que ele usou para te ferir." (Billy Graham).
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*Fábula de Esopo: O
Mosquito e o Leão.
**Irritabilidade, sensibilidade, melindre, vulnerabilidade.
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